CRIME ORGANIZADO
28/11/2019
Ministério Público de Minas Gerais, Polícia Civil, Polícia
Militar e Receita Estadual investigam organização criminosa com atuação no
Detran em Santa Luzia e deflagram operação Cataclisma
Foi deflagrada na
madrugada desta quinta-feira, 28 de novembro, a Operação Cataclisma, que
tem por objetivo o combate a uma organização criminosa integrada por policiais
civis, militares, despachantes, comerciantes e donos de pátios de apreensão de
veículos nos municípios de Santa Luzia e Lagoa Santa. Foram expedidos 46
mandados de busca e apreensão e 13 de prisão temporária, que foram cumpridos
nas cidades de Belo Horizonte, Caeté, Lagoa Santa, Sabará, Santa Luzia,
Taquaraçu de Minas e Vespasiano.
Também foi determinado o afastamento de sete servidores da
Prefeitura de Santa Luzia que eram cedidos ao Detran e são investigados por
envolvimento no esquema. Houve, ainda, a determinação do bloqueio de R$
16.851.552,84 dos investigados a fim de assegurar a perda dos produtos dos
crimes. O valor se refere à quantia aproximada das movimentações financeiras
dos investigados, feitas sem comprovação de origem.
O esquema, investigado há mais de três anos pelo Ministério
Público, envolve a cobrança e recebimento de propina para a liberação e
transferência de veículos, desvio de peças e equipamentos de veículos
apreendidos, participação nos lucros e recebimento de propina de pátios de
apreensão, inserção de dados falsos nos sistemas informatizados do Detran,
obstrução de investigação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. As
investigações foram conduzidas por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado (Gaeco), do Grupo Especial de Promotores de Justiça de
Defesa do Patrimônio Público (Gepp) e por três Promotorias de Justiça de Santa
Luzia, com o apoio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GCOC).
Participam da operação seis promotores de Justiça, 13
delegados de polícia, 39 investigadores, quatro
escrivães e três peritos criminais da Polícia Civil, 155 policiais
militares, cinco auditores da Receita Estadual, nove servidores do Ministério
Público e 60 viaturas dos órgãos públicos envolvidos. As prisões temporárias
foram decretadas pelo prazo de cinco dias. O Ministério Público prosseguirá nas
investigações.
Ministério Público de Minas Gerais
Superintendência de Comunicação Integrada
Comentários