Projeto de lei quer acabar com open bar em Minas para reduzir consumo alcoólico entre jovens
Psiquiatra e presidente do Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas em Minas, Aluízio Andrade é favorável à medida e diz que a prática de beber sem limite causa vários problemas entre os jovens.
Segundo o especialista, “todo ser humano tem certa tendência ao uso de bebidas alcoólicas porque são substâncias que relaxam”. Porém, para que o equilíbrio mental seja mantido, esse consumo tem que ser moderado.
Ele explica que, incialmente, ao ingerir álcool, são “anestesiados” níveis superficiais da consciência, que provocam relaxamento. Porém, em grandes quantidades, “são anestesiados níveis mais profundos e a questão da sexualidade e da agressividade exacerbam e afloram. Por isso tem que se haver um limite e um controle”.
Para o psiquiatra, uma das formas de moderar é fazer com que a pessoa tenha a consciência do quanto de bebida ela ingere. “Pagar x de reais e poder beber o quanto quiser é totalmente antipedagógico, perigoso e antissocial”, conclui.
O presidente Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Ricardo Rodrigues, no entanto, discorda da visão do especialista. Para ele, a medida não reduziria o consumo de bebida alcoólica em excesso entre os jovens e provocaria um grande impacto na economia.
“O que a gente busca é muito mais leis fazendo o papel de educação do que de proibição. Precisamos de mais empresa e menos estado. Acho que o estado não tem que legislar em função de proibir um formato de venda de bebidas”, analisa.
A Itatiaia foi às ruas de Belo Horizonte para saber a opinião das pessoas sobre o projeto de lei, que mostrou ser polêmico.
Enquanto Thiago Antunes acha que é bobagem e que o open bar “facilita para os jovens pagarem menos, e que tendo ou não o open bar “as pessoas vão beber do mesmo jeito”, Bruno é favorável à medida: “Se pagar R$ 50 para beber a noite inteira, a pessoa vai beber, beber e beber até ficar ruim. Então, se você vai para um lugar e tem que pagar por garrafa, limita um pouco”, avalia.
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