CRIANÇAS MORTAS EM RITUAL SATÂNICO

Polícia terá mais 60 dias para concluir inquérito sobre crianças mortas em suposto ritual

Justiça de Novo Hamburgo deferiu pedido de prorrogação do prazo para entregar o inquérito. Sete homens são suspeitos do crime.

Por G1 RS
15/01/2018 20h56 
Sede do templo onde eram realizados supostos rituais satânicos na Região Metropolitana de Porto Alegre. Líder do local está preso

O Tribunal do Júri da Justiça de Novo Hamburgo deferiu o pedido da Delegacia de Homicídios do município da Região Metropolitana, e a equipe de investigação terá mais 60 dias para concluir o inquérito sobre as mortes de duas crianças durante suposto ritual. A informação foi confirmada no fim da tarde de segunda-feira (15), pelo delegado responsável pelo caso, Rogério Baggio Berbicz.

O prazo inicial para conclusão do inquérito seria o dia 15. A prorrogação passa a contar desta data.

Sete homens são suspeitos de participar de um suposto ritual, durante o qual duas crianças foram mortas, conforme acredita a polícia. Quatro já estão presos preventivamente, incluindo o líder de um templo satânico, localizado em Gravatai. Outros três são considerados foragidos. A investigação começou após duas crianças terem sido encontradas mortas em um bairro da cidade do Vale do Sinos, em setembro do ano passado.

Presos

Silvio Fernandes Rodrigues, líder do templo e apontado como autor do ritual;
Jair da Silva, sócio que encomendou o ritual;
Andrei Jorge da Silva, um dos filhos de Jair;
Márcio Miranda Brustolin, o sétimo integrante do ritual. Conforme o delegado, são necessárias sete pessoas.
Foragidos

Jorge Adrian Alves, argentino que teria feito a troca do caminhão roubado pelas crianças no país vizinho;
Anderson da Silva, outro filho do sócio que encomendou o ritual;
Paulo Ademir Norbert da Silva, outro sócio do ramo imobiliário.
As duas vítimas seriam argentinas, suspeita que surgiu devido ao fato de que não foram encontrados registros de DNA compatíveis com as crianças no Brasil. Elas teriam sido trocadas por um caminhão no país vizinho, para serem mortas em um ritual, encomendado por empresários da região em busca de "prosperidade nos negócios imobiliários", segundo informações da polícia. Pelo suposto ritual, o líder do templo, teria recebido R$ 25 mil.

A equipe de investigação aguarda o retorno sobre pedidos de quebra de sigilo telefônico nos aparelhos apreendidos com os presos. A investigação segue sob sigilo. Até o momento, a polícia divulgou o teor do depoimento de duas testemunhas, uma delas incluída no sistema de proteção de testemunhas.

Ela teria visto uma parte do ritual, onde todos os sete homens estavam presentes, junto com as duas crianças. A segunda testemunha informou que dois dos suspeitos foram vistos no local onde as primeiras partes dos corpos das crianças foram encontrados.

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