Solidariedade coleta assinaturas para impeachment de Dilma.
Aliado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o partido Solidariedade lançou nesta quinta-feira uma campanha para coletar assinaturas para o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O presidente da legenda, deputado Paulinho da Força (SP), afirmou que a intenção é reunir cerca de um milhão de eleitores para ingressar com o pedido no Congresso. Para o deputado, Dilma teria perdido as condições de governar.
— Estamos convencidos de que a presidente Dilma não tem mais condições de tocar o Brasil. A situação econômica está bastante difícil e há indícios de uma crise política bastante grave também, pela tentativa do governo de dividir parte da culpa com o Congresso. E cada dia fica mais claro que essa culpa é inteiramente do Palácio do Planalto — afirmou o deputado.
Segundo Paulinho da Força, o partido está reunindo pareceres de um grupo de juristas para embasar o pedido de impeachment. O primeiro deles é do jurista Ives Gandra Martins, que recentemente publicou parecer dizendo haver fundamentação jurídica para um pedido de impeachment, independentemente das apurações da Polícia Federal e Ministério Público sobre a responsabilidade da presidente nos prejuízos da Petrobras.
Além de Ives Gandra, o deputado afirmou que o partido está consultando juristas como Adilson Dallari, Cássio Mesquita Barros, Sérgio Ferraz e Modesto Carvalhosa. Segundo Paulinho da Força, o Solidariedade pretende obter pareceres de até 12 advogados, mas, caso a maioria se posicione contra o impeachment, o partido irá ignorá-los.
— Os cinco juristas que já consultei disseram ser favoráveis ao impeachment. Se o resto for contrário, não vou trazer o parecer deles. Acreditamos que a omissão da presidente por não ter tomado medidas para evitar os prejuízos à Petrobras dá causa ao impeachment — disse o deputado.
A petição disponibilizada no site do partido cita os prejuízos estimados em US$ 800 milhões com a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, na época em que o Conselho de Administração da Petrobras era presidido por Dilma. O abaixo-assinado cita ainda uma suposta conduta de “omissão culposa” frente aos escândalos na estatal.
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Solidariedade quer um milhão de assinaturas por impeachment
Presidente do partido, Paulinho da Força, diz que situação de Dilma Rousseff é pior que a de Fernando Collor e quer
"salvar democracia"
O partido Solidariedade lançou nesta quinta-feira uma campanha popular para recolher um milhão de assinaturas pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A ideia do partido, que busca pareceres de juristas, é aproveitar as manifestações do próximo domingo para obter apoio ao processo.
Para o partido, a presidente precisa ser retirada do cargo por causa do cenário de inflação elevada, baixo crescimento e crise política
Foto: Fernando Diniz / Terra
“Estamos convencidos de que a presidente Dilma não tem mais condição de tocar o Brasil”, disse o presidente do partido, deputado Paulinho da Força (PT-SP). Para o partido, a presidente precisa ser retirada do cargo por causa do cenário de inflação elevada, baixo crescimento e crise política.
O oposicionista Solidariedade é o primeiro partido a apoiar formalmente a tese de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A coleta de assinaturas será feita por meio de formulários em papel e online. Alcançado 1 milhão de apoiadores (cerca de 1% do eleitorado brasileiro), o partido se compromete a apresentar o pedido ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por dar andamento ou não ao processo.
Para sustentar a tese de impeachment, Paulinho já dispõe de um parecer do jurista Ives Gandra Martins e deve receber ainda a análise de Adilson Dallari, Cássio Mesquita de Barros, Modesto Carvalhosa e Sérgio Ferraz. Mesmo sem ter em mãos a opinião dos outros quatro especialistas, Paulinho garante que todos vão apoiar a tese e vai em busca de outros juristas. “Vou trazer só o parecer que for favorável. Não sou maluco, ué.”
Paulinho da Força rejeitou a tese de que o pedido de impeachment seja uma tentativa de golpe. “O impeachment faz parte da democracia. Já tivemos um presidente que foi cassado (Fernando Henrique Cardoso). É para salvar a democracia que estamos fazendo isso”, opinou.
Questionado se o Solidariedade pediria o impeachment de toda a chapa, incluindo o vice-presidente Michel Temer, Paulinho negou. Nesse momento, um dos parlamentares da legenda, o corregedor da Câmara, Carlos Manato (SD-ES), questionou se não haveria novas eleições em caso de cassação antes de dois anos.
Para Paulinho, a situação de Dilma é pior que a de Collor, que sofreu um impeachment em 1992. “Na época do Collor, tinha umas certas denúncias e no final acabaram cassando por uma (Fiat) Elba, que custava R$ 9,5 mil. No caso da Petrobras, segundo Pedro Barusco, só o tesoureiro do PT levou US$ 200 milhões”, disse.
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