Polícia Federal desarticulou uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias na Receita Federal.


Polícia Federal desarticulou uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias na Receita Federal. 

Só na quinta-feira (26) os policiais apreenderam mais de R$ 2 milhões em dinheiro em três endereços.O termo "zelotes", que deu nome à operação, representa "falso zelo" ou "cuidado fingido". É o que os investigadores apontam ter ocorrido no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), do Ministério da Fazenda, última instância administrativa para recorrer de cobranças da Receita Federal."Essa investigação é uma das maiores, senão a maior investigação de uma organização criminosa especializada em sonegação fiscal no Brasil", diz Oslain Campos, diretor de coombate ao crime organizado da Polícia Federal.Segundo as investigações, consultorias manipulavam o resultado de julgamentos para favorecer empresas multadas pela Receita. Muitas dessas consultorias tinham como sócios conselheiros e ex-conselheiros do Carf.Ainda segundo as investigações, instituições financeiras, empresas do setor automobilístico e indústrias pagavam propina para que conselheiros anulassem ou diminuíssem o valor de impostos federais.Decisões suspeitas reduziram ou anularam mais de R$ 5 bilhões, que eram cobrados das empresas, e o rombo pode chegar a R$ 19 bilhões.As buscas foram feitas em Brasília, São Paulo e no Ceará. A Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda vai avaliar a possibilidade de anular resultados de julgamentos que podem ter sido manipulados. Estão sendo instaurados processos administrativos para responsabilizar as empresas envolvidas com base na lei anticorrupção.Na casa de um ex-conselheiro do Carf, Leonardo Manzan, em Brasília, os policiais encontraram um cofre com R$ 800 mil. Manzan é genro do ex-secretário da Receita, Otacílio Cartaxo. Assessores de Cartaxo estão sendo investigados.Entre os suspeitos também está Francisco Mauricio Rebelo de Albuquerque e Silva, atual conselheiro do Carf. Por telefone, ao repórter da Globo News, Marcelo Cosme, o conselheiro negou fazer parte do esquema. "Não, não, mas eu não tenho nada a ver com isso", disse ele.Francisco é pai do líder do Partido Progressista na Câmara, Eduardo da Fonte, de Pernambuco, que não quis se manifestar. O deputado é investigado em outra operação, a Lava Jato, que apura desvios na Petrobras. São investigados ainda o ex-conselheiro Paulo Roberto Cortez e o ex-presidente do Carf, Edson Pereira da Silva.O Jornal da Globo não conseguiu contato com os ex-conselheiros Leonardo Manzan e Paulo Roberto Cortez e nem com o ex-presidente do Carf, Edson Pereira da Silva

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